sexta-feira, 14 de maio de 2010

Personagens de mim mesma

Caraca! Só ontem me dei conta do quanto abandonei esse blogue. E o pior: do quanto abandonei a minha maior válvula de escape: a escrita. Escrever sobre fusões, aquisições, projetos, notícias corporativas e etc. é bem diferente de falar sobre opiniões e sentimentos. Mas dia desses algo me fez redespertar pra esse espaço que, mais uma vez acredito, volta a ser só meu e de quem se interessar por devaneios de quem ainda não conhece muito da vida.

Bem-vindos novamente, meus fiéis 5 leitores.
Bom, tantos meses longe e, por incrível que pareça, sem muito a escrever. Minha preocupação é ter tapado os meus olhos pra poesia (ou pra crônica) da vida. Será? Teria-me tornado desinteressante? Torço que não. Talvez um pouco cansada das coisas, das pessoas, do trabalho... Mas eis que resolvo voltar e encontrar um novo assunto: livros, filmes, músicas. Gente... Tô há exatos seis meses sem ler... Talvez seja uma pós-graduação tola que tenha me tomado o tempo da leitura. Desculpas à parte, me dou conta que talvez isso tenha me tornado uma pessoa desinteressante: a falta de fantasias na minha vida.

Quanto aos filmes, não posso reclamar. Tive boas surpresas nesse hiato da minha última postagem. Desde as fantasias mais pesadas, como “O Labirinto do Fauno”, quanto as mais doces e leves histórias, como “Julie e Julia”. E aí me dou conta que a minha vida deveria ser interessante como um livro, ou um filme... ou até como uma música. Contradizendo o que escrevi logo acima: mas quem disse que não é? Há (demasiados) dias que sou um uma personagem de Almodóvar, seguidos por dias que sou a Celine, de “Antes do Amanhecer”, outros (poucos) que sou Pollyana e em outros (escassíssimos) chego a ser quase a Esther (do filme “A órfã” e não a personagem bíblica). Tem dias que sou a Holly, do Truman, outros que sou a brasileiríssima Emília (nossa! E como a sou) e em tantos outros sou a Julieta Capuleto. Todos os dias sou as mulheres de Chico, a Helena, a Rosa, a Rita, a Bárbara, a Beatriz e, por fim, a Renata (Maria ou não).

E, nessa viagem toda, chego à conclusão que essas e outras milhões de personagens que habitam dentro de mim vão tomando corpo, dia após dia, e chego até a ficar em dúvida se seria um desvio de personalidade, por serem tantas em uma só. Será? Não sei. Definitivamente não sou psicóloga pra saber, mas acho engraçado me ver em tantas situações diferentes, vivendo tantas emoções diferentes, reagindo de maneiras diferentes: por vezes trágicas, por vezes cômicas, por vezes bizarras, corajosas e tantas e tantas e todas as vezes, humanas.

Peço desculpas a mim mesma por não ter citado as outras zilhões personagens que habitam dentro de mim. Não esqueci delas que, mais cedo ou mais tarde, surgirão em uma situação qualquer, em um dia qualquer.

O que sei é que EU, como afirmei logo no primeiro parágrafo, ainda não conheço muito da vida. Mas essa sim, de tanto usufruí-la, é a que mais conhece de mim.

5 comentários:

Tiago Guaranha disse...

eu sou um desses 5 fiéis leitores! pode ter ctza disso!
bjo

Luiz Marques disse...

Eu não me contento em ser um dos 5 fiéis leitores, sou o número 1!
Já sentia saudades disso aqui... quem sabe um estímulo pra eu começar a escrever novamente? ou quem sabe você me fez descobrir que temos a mesma válvula de escape?! bem-vinda às NOSSAS Venturas novamente...

Unknown disse...

Sou o 3. Quero ver achar mais 2...

bjs

Igor Sales

Dany disse...

Opa, agora so falta mais um leitor! Eu sou a numero cuatro (com C pq eh em español).
Menina, nao gostei de Julia e Julia nao, ó. Vô nem mentir! Mas que minha vida EH um filme... isso é! Tragicomédia de Woody Allen, CERTEZA!!!!! te amo, amieziña! Saudades imensas. Vem logo!

Junior Fecuri disse...

Fechou!!!

Agora sim, 5 leitores... Rsrsrsrsr

Te amo LINDONA!