quarta-feira, 18 de março de 2009

Ao Mestre (Zu) com carinho - Parte I

Gente, por que todo mundo briga comigo? Parece até que não atualizo isso aqui diariamente... eheheh!
Galera, só agora me dei conta de como o texto que escrevi pro Zuenir é imenso. Resultado: vou ter que dividí-lo em três partes. Aí vai a primeira.

Ao mestre (Zu) com carinho

Devo confessar que sempre fui bastante avessa à idolatria, seja isso o que for, sentimento, doença, sintoma, enfim. Nunca tive nada contra o termo, pelo contrário, acho, inclusive, uma palavra bonita, verbo bonito, substantivo bonito, ela e todas as suas derivações. Mas a ação de idolatrar em si, essa aí eu nunca aceitei muito bem, não. Mas, preconceitos à parte, feliz de quem tem um ídolo e não se importa com isso. Só que eu sempre achei que isso era coisa de 100 entre 100 adolescentes que habitam no Brasil, na Inglaterra, na Unganda, no Cazaquistão ou em qualquer outro lugar do mundo, mas não de mim. Ora, já sou uma adulta, não tenho mais tempo de cultivar ídolos.

Até que me peguei idolatrando. Aí comecei a pensar, “acho que até é válido idolatrar alguém que acrescente alguma coisa à nossa essência” (olha a desculpa para me esquivar deste meu próprio preconceito), assim, na minha recente vivência, adotei um ídolo que, aliás, para não me sentir tão mal comigo mesma, prefiro referir-me como gênio.

É o gênio mais humano que já existiu na face da Terra. Um gênio grisalho, meio calvo, que tem a mesma profissão que eu, que fala pelos cotovelos e que tem um dos sorrisos mais ternos que pude presenciar durante a minha ainda breve trajetória. O gênio mais afetuoso que já tive a oportunidade de conhecer. Aquele, que tem um nome excêntrico (pra não dizer estranho mesmo. Pô, o nome dele começa com a letra Z!), o meu gênio, o meu mestre Zuenir Ventura. Aquele que não “é”, apenas “se parece”.

Opa! Mas eu disse que tive a oportunidade de conhecer, não é?! Então aí começa a “minha história dele”. É que nós viramos amigos íntimos sem ele sequer saber. Tudo começou com “Minhas histórias dos outros”, a sua mais recente obra (de arte), que relata a vida desse homem através de passagens marcantes da história do Brasil e de personagens que devem ser gênios de tantas outras pessoas, mas não meus. Admirados por mim, talvez, mas gênios... Mas esta crônica não está sendo escrita para relatar a genialidade de suas obras, mas a minha idolatria pelo gênio.

Fato é que foi neste livro que eu comecei a conhecer o caráter do Zuenir que, a cada página, ia se tornando meu melhor amigo. Sim, porque eu conversava com ele, eu ria com ele, eu chorava com ele... Só que até então, ele não passava de um amigo. Mas ao final do livro, tudo o que eu já vinha suspeitando, se confirmou: seu caráter de humanidade e hombridade estava mais do que explícito em um fato que ele classificou como seu “fracasso”, mas que pra mim foi seu ato mais bravo. Quanto terminei de ler o livro, eu pensei: “se for possível, quero ser igual a ele quando crescer”. E assim ele virou meu ídolo, meu exemplo, meu mestre e o gênio mais amigo e mais próximo que já existiu, pelo menos no meu mundo.

A partir da obra citada, fui lendo todos os seus outros livros, todas as suas outras crônicas e suas entrevistas. A forma de se auto-retratar e nos permitir conhecê-lo intimamente em cada uma de suas obras foi o que mais me encantou.

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