quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Pra começo de história

Vou começar dizendo que as minhas dicas dessa viagem à Europa são dicas de que viajou com o dinheiro apertado, de mochilão, com uma amiga.. O objetivo era a aventura. Não tem muitas dicas claaaras, mas no meio das minhas palavras, espero que se possa tirar algum proveito para quem está indo ou pretende ainda ir à Europa.
A minha viagem começou e terminou por Londres, porque estava em Vancouver e de lá a passagem pra Londres, pela Air Canada, era mais barata (sim, eu estava no Canadá, mas isso é história um outro – e longo - capítulo). Cheguei no aeroporto de Heathrow, passei algumas 12, 13 horas, sei lá, conhecendo a tarde, a noite, a madrugada e o amanhecer inglês dentro de tantos eventos diferentes, com tanta gente bacana, que só num capítulo a parte. Como a saída também foi por Londres, vou deixar pra falar desta cidade por último.
Então vou falar da minha chegada pelas terras d’Além Mar. Depois de um dia inteiro de farra, bebidinhas, comidinhas e amigos loucos da Inglaterra, embarquei no aeroporto de Luton – uma província pertinho de Londres – cerca de 45 minutos de ônibus, rumo ao aeroporto internacional de Lisboa, em Portugal. Sim, passagens de avião mais baratas geralmente chegam e/ou saem de aeroportos mais distantes das cidades, mas o preço, sem dúvida, compensa.
Do centro de Londres, há ônibus que levam até o aeroporto de Luton e todos os balcões de informações nos ensinam isso e nos dizem os pontos e horários da passagem do ônibus. O que pagaria cerca de 60 pounds num táxi (que não recomendo nunca a quem não tem dinheiro), paguei apenas 11 libras (isso em 2007) de ônibus.
O Vôo:
Paguei 60 libras, apenas, pela Easy Jet, comprando com dois meses de antecedência.
O Avião não é dos mais confortáveis, mas vale o preço. O vôo foi tranqüilo e pareceu bastante seguro. O problema foi a entrada no país.
Tudo bem que eu estava com cara de bêbada-amanhecida, com uma blusa cheia de brilhos e paetês estranhíssima, maquiagem toda borrada, cabelo desgrenhado e havia 72 horas sem dormir... mas isso não era motivo pra não quererem que eu entrasse no País, né?!
A moça da imigração veio perguntar quanto eu tinha levado em euros. Relatei meus poucos euros e ela ficou com cara de quem prendia o riso. Não contente, ela me perguntou onde eu ia ficar... Como assim, onde eu ia ficar? Como eu ia saber responder uma pergunta dificílima dessas?
Eu, ainda com resquícios de café turco no meu sangue, respondi: casa de uma amiga (sim, a idéia inicial era eu ficar na casa de uma amiga da mãe da Bianca). E ela me responde: Por favor, anote o endereço dela. COMO EU IA SABER ISSO, JESUS AMADO? Ela: Sem endereço, você não entra no País. Eu, começando a recobrar meus sentidos, caí em mim e respondi: aaaahhh, você quer saber onde eu vou ficar? Desculpe, é que falamos línguas diferentes (?) e não estava entendendo direito. Vou ficar no Íbis Aeroporto (?). Desde quando existe um Íbis aeroporto em Lisboa, eu não sei, mas ela aceitou meu novo endereço.
Toda esbaforida, finalmente eu pego a minha malinha (outra dica: mochilão não serve para pessoas sem força. Recomendo mochila com rodinhas, como a minha) e vou ao salão do aeroporto, onde a Bianca, minha amiga-irmã, brasileira quase americana, moradora de Angola e companheira de viagem, me esperava sentadinha.
Bom, ela não tava nem aí se eu tava chegando com bafo de bebida, após 72 horas sem dormir, de blusa dourada, minissaia e maquiagem toda borrada, mendigando por uma cama quentinha. Minhas primeiras palavras a ela, após um ano sem vê-la, e cheia de novidades de Vancouver pra contar não foram: “Amiga, que saudade. Tenho tanto pra te contar”... tsc tsc. Minhas palavras foram: “Ai, amiga, que bom que estás aqui. Preciso de uma cama pra dormir”.
Bom, a compreensão nunca fez mesmo parte da nossa relação e eu sabia que meus desejos não seriam prontamente atendidos. Pegamos um “autobus”. No caminho ela me disse: “ah, a amiga da minha mãe não está aqui. Não estou hospedada na casa dela”. A Bianca tinha chegado em Lisboa no dia anterior. Gelou minha barriga... Isso quer dizer que eu não tinha onde ficar? Tinha sim... mas isso são cenas para breve.
Com a Bianca Coan, cara de acabada e muitas, muitas horas mal dormidas

A farra londrina que quase me fez perder o vôo

2 comentários:

Anónimo disse...

Ahahahhaha..ja ri tanto de ti..adorei!

p.nazareno disse...

Tens algun parentesco com o gene simmons? Sempre peço isso para as meninas me mostrarem a língua. As que não atendem ao pedido, risco do meu caderninho. (: